A retirada da vegetação do entorno do Parque Nacional das Emas, embora esteja além dos limites deste, compromete a vida e o equilíbrio ecossistêmico do mesmo, já que impede a formação dos corredores de biodiversidade. Dessa forma, o Parque se torna uma área descontínua e, por isso, não consegue cumprir seu objetivo de elemento preservador dos Cerrados.
Da área remanescente de Cerrado do Sudoeste de Goiás a maior parte já passou por alterações, o que significa que esta não é mais a ideal para a conservação da biodiversidade. Isso compromete a mais rica savana do planeta, caso prossiga a sua exploração para fins de monocultura na escala em que está se dando atualmente.
O fato de a vegetação do Cerrado não ser caracterizada por densas florestas tropicais, como as Floresta Amazônica e Mata Atlântica, faz com que, de forma ignorante, os empresários, os proprietários de terra, os produtores e o poder público defendam o desmatamento com o objetivo da instalação de lavouras monocultoras.
Além de graves prejuízos para a biodiversidade e sobrevivência de milhares de espécies, a destruição do Cerrado compromete as principais bacias hidrográficas da América do Sul, já que nele estão as nascentes de importantes bacias como a Platina, a do São Francisco e a Amazônica. A exploração indiscriminada desencadeia o assoreamento dos cursos d’água, provoca erosões e processos de contaminação no que é considerado o berço das águas.
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